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O Despertar dos Deuses (Cap 1,2,3,4,5,6,7)

No começo havia somente um grande e vazio vácuo. Que estava em todo lugar e lugar nenhum.
Nesse vazio, duas entidades poderosas apareceram, entidades que eventualmente seriam conhecidas como os deuses anciões: Fardos, o Criador, e Uman Zathroth, que combinava em si duas metades nada parecidas. Uma dessas metades era Uman o Sábio, um deus bondoso que foi presenteado com um intelecto divino, enquanto Zathroth o Destruidor era sua metade perversa. Esses eram as duas metades de uma mesma enigmática entidade, e mesmo que cada uma destas metades fosse perfeitamente capaz de agir independente do outra e por conta própria, independentes elas não eram. Elas foram unidas por um laço eterno que não pode ser quebrado, e seus destinos são um.
Ninguém sabia de onde os deuses anciões vieram, ou se eles sempre existiram e eventualmente acordaram no berço do infinito. Mas em algum lugar no meio do caminho eles decidiram criar um universo. Certamente Fardos foi o que teve a ideia, pois ele é dirigido por uma necessidade de dar vida. Ele estava sobrecarregado com um poder criativo e impaciente para liberá-lo, então ele parou na existência e começou a liberar seus poderes. Contudo nenhuma de suas tentativas foram bem-sucedidas. Toda sua criação era engolida pelo vácuo antes mesmo de ser completadas, e nenhuma sobrevivia.
Uman Zathroth observou as realizações de Fardos cuidadosamente. Uman era sagaz, e mantinha incríveis poderes mágicos. Mais importante, porém, ele era dirigido por uma insaciável fome de conhecimento e iluminação. Em sua essência ele lembrava Fardos trabalhando abertamente e logicamente, o domínio de Uman era um mundo de mistérios. Ainda, ele que compartilhava com Fardos o interesse na criação, enquanto sua metade negra Zathroth estava essencialmente corrompida. Zathroth era um deus invejoso que percebeu que seus poderes criativos eram pobres. Por causa disso ele olhava para o trabalho de criação de Fardos com inveja, e desde o começo ele planejava impedir ou pelo menos corromper através de qualquer meio ao seu alcance o trabalho de Fardos. Fardos, que não suspeitava disso, pediu a ajuda de Zathroth na criação porque ele aceitou o fato de que ele sozinho não era capaz de terminar a criação por si mesmo, é claro que Zathroth negou. Uman porém aceitou ajudar. E a partir daí ele e Fardos trabalharam juntos no grande projeto que era a criação.
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Infelizmente, seus esforços combinados não tiveram mais sucesso do que antes, tudo o que Fardos e Uman criavam era engolido pelo vácuo assim que via a existência, e os dois deuses tristemente viam suas criações escorrendo como água pelos seus dedos. Por outro lado Zathroth que estava assistindo seus esforços com suspeita e raiva contida, ridicularizou os esforços de Uman e Fardos. Porém sua alegria se transformou em surpresa e raiva quando ele notou que algo estranho estava acontecendo, algo que nem Uman nem Fardos esperam. Nesse dia ninguém sabe o que aconteceu exatamente, talvez o poder que eles gastaram atraiu outra entidade do Vácuo, ou talvez simplesmente acordou outra entidade divina do abismo. Alguns ainda dizem que de algum jeito misterioso, o poder gasto por Uman e Fardos criaram uma nova entidade. Qualquer seja a verdade, uma nova deusa saiu do Vácuo como uma recém-nascida sereia de sua concha. Os maravilhados deuses anciões admiravam sua beleza divina com muita admiração. Pois tudo nela estava em perfeita harmonia. Eles concordaram em chamá-la Tibiasula. Zathroth porém, estava se consumindo num ódio silencioso. Mas esperto como era, ele fingiu bem e fez parecer que compartilhava da alegria dos outros deuses anciões.
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A Grande Criação

Em sua divina sabedoria Uman percebeu que Tibiasula poderia ser uma poderosa aliada no projeto de criação, e imediatamente ele pedia a ela para se juntar a Fardos e a ele para trabalharem juntos na tarefa que estavam fazendo antes de Tibiasula aparecer, ela que estava intrigada com a ideia da criação, foi facilmente convencida. Então começaram os três criadores onde, antes havia somente dois, e juntos eles trabalharam com um vigor renovado, porém eles escolheram uma aproximativa diferente. Uman percebeu que alguma coisa estava faltando, um ponto firme, um fundamento firme, de onde a criação pudesse ser criada. Sem isso não havia motivos para eles gastarem suas forças, e que todos seus esforços seriam em vão, então Uman inventou o Tempo! Ele Sabia que se o Vácuo fosse colocado em movimento e subjugado para o eterno fluxo do tempo, seria muito mais fácil concentrar seus poderes divinos.
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Mas primeiro o tempo tinha que ser criado. Para esse fim, todos os deuses combinaram seus poderes. Até mesmo Zathroth, a metade malvada de Uman que era abertamente contra a criação, estava fascinado com a ideia do tempo, e ele aceitou ajudar os outros deuses anciões em seus esforços. Ele aceitou prontamente, mas os outros deuses não sabiam o que ele tinha em mente desde o começo, o tempo segura a semente da destruição. Ele entendia que um mundo que estava sujeito ao passar do tempo estava condenado a perecer lentamente, e foi por isso que ele aceitou trabalhar junto com o projeto da criação. E então todos os Deuses anciões trabalharam junto combinando seus poderes no Vácuo. E quando a ultima grande espiral tomou forma no vácuo, as colunas de cristal do tempo que eram o fundamento de toda a criação foi formado, os deuses festejaram, porém Zathroth festejou ainda mais do que mostrou porque ele sabia que agora toda criação seria corrompida de uma maneira que nunca poderia ser desfeita.
Zathroth era opositor da ideia da criação todo o tempo, ele secretamente planejava sabotar o plano dos outros deuses anciões de qualquer meio necessário. Para esse fim ele ajudou na criação do tempo, e esta era a razão que ele finalmente decidiu matar Tibiasula. Ele guardava rancor dos outros deuses anciões desde que eles criaram ela, porque ele odiava ter que dividir seu status divino com mais uma entidade. Porém seu desgosto se transformou em ódio quando ele viu que Tibiasula preencheu o espaço que ele Zathroth havia deixado quando se recusou a participar da criação. Finalmente ele pensou o impensável. Ele secretamente criou uma adaga com grande poder que colocou toda sua raiva e poder destrutivo, uma arma apropriada para matar um deus. Então ele espreitou esperando o momento perfeito. E breve esse momento chegou, num dia fatídico, quando os outros deuses estavam exaustos para terminar a monumental colunas do tempo, Zathroth usou essa oportunidade foi ao lado de Tibiasula. Inocente e completamente desavisada das ações maliciosas de Zathroth. Tibiasula foi uma presa fácil. Zathroth fincou a lâmina em seu coração com toda a força que ele podia. Mortalmente ferida a deusa caiu no chão, e de seus ferimentos sangravam os elementos do fogo, água, terra e ar – os componentes de seu divino ser totalmente sem harmonia graças a desgraça de Zathroth.
Quando eles souberam sobre essa traição, Uman e Fardos ficaram chocados. Eles tentaram segurar a Tibiasula, esperando que ela não fosse sugada pelo Vácuo, de escapar de suas mãos como suas primeiras criações. Quando tudo mais parecia falhar, eles tiveram um plano desesperado: eles decidiram fazer uma poderosa magia, que iria fundir o corpo de Tibiasula com a Coluna do tempo. Zathroth riu em triunfo, mas dessa vez ele cometeu um erro, porque ele não escutou as palavras de Uman e Fardos, ele perdeu a única chance de aprender o segredo da criação, um segredo que estaria escondido dele para sempre. Uman e Fardos, porem não conseguiram conduzir os elementos de volta a sua harmonia, mas ao invés disso ele conseguiram fazer algo totalmente novo: A primeira Genuína criação.
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O Nascimento Dos Elementos


Então chegou o tempo que Tibia, o núcleo vivo de toda criação, nasceu, era derivado do elemento da terra, e Sula O mitológico oceano batendo gentilmente contra as praias de Tibia, foi criado do Elemento Água. O ar se espalhou por todo lugar como uma barreira sobre a terra, enquanto o fogo foi o fundamento, aquecendo a terra com suas chamas eternas. Finalmente, todos os elementos tomaram seus lugares no mundo e cada parte individual do Deus estava brilhando com energia divina! Infelizmente porém estavam com impetuosa e selvagem, direcionadas por impulsos naturais. Estava claro que nenhum deles haviam adquiridos o espírito gentil de Tibiasula – a harmonia havia sido destruída para sempre. Porém, Uman e Fardos não desistiram. Eles decidiram criar algo novo a partir dos elementos, alguma coisa que lembrasse Tibiasula ou pelo menos sua Honrável memória. Por muitos anos eles estudaram os elementos, até finalmente fazerem uma importante descoberta – os elementos guardam a semente de novas criações, sementes que iriam ser frutificadas se um dos Deuses Anciões se unissem com os elementos. Então veio que os Deuses finalmente descobriram o segredo da vida.
Fardos foi o primeiro a tentar. Ele se uniu ao elemento do fogo, e dessa união nasceram duas crianças: Fafnar, a filha, e Suon, o Filho. Em pouco tempo esses dois novos deuses pegaram seu lugar de direito na criação. Eles escolheram viver no céu que recobria toda a terra. Infelizmente, porém, os dois tinham diferentes personalidades, eles não se davam muito bem. Enquanto Suon era calmo e prestativo, sua irmã Fafnar era selvagem e impetuosa, ela infestava o mundo com suas chamas infernais. Finalmente Suon perdeu a paciência com sua irmã. Ele atacou ela e uma luta feroz se seguiu. Nesse combate Suon prevaleceu pois era mais forte que sua irmã, então Fafnar começou a fugir através do céu tentando chegar em segurança ao submundo onde o fogo, seu elemento mãe, vivia, porém Suon seguiu sua irmã até mesmo em seu refúgio no submundo, então Fafnar, fugiu mais uma vez cruzando os céus. Suon continuou sua eterna caçada e faz isso todo dia. Essa é a razão do porque ambos os sóis desaparecem no horizonte por um tempo, deixando a terra cair nas trevas.
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Agora Uman tenta sua sorte. Ele se uniu a terra que nós conhecemos como Tibia. E da terra nasceu Crunor, o senhor das árvores. O deus era cheio de Charme e Vitalidade. Como Fafnar, sua prima caprichosa, Crunor admirava seu próprio corpo, mas ele era mais sábio de que ela e muito mais modesto. Ele mesmo em breve foi o criador de coisas vivas. Porque ele foi inspirado pela criação e pelo maravilhoso presente da vida. Ele fez plantas a sua própria imagem e colocou elas no corpo da mãe Tibia, até eles cobrirem toda terra com um jardim maravilhoso.
Fardos então se uniu com o ar e ele deu vida a Nornur, o Deus do destino. Nornur invejava a orgulhosa forma de Crunor, porque ele mesmo havia adquirido a forma frágil de sua mãe (o ar), e de fato seu corpo dificilmente tinha mais substância do que uma neblina leve ou o som de uma criança ao vento. Ele pediu ao seus primos criativos para ajudá-lo a fazer um corpo para ele mesmo, mas não importava o quanto os primos tentassem ele não conseguiam encontrar uma solução. Nornur sempre seria o que ele era no começo, um deus etéreo, a sombra de uma sombra. Para o consolo de seu primo triste, Crunor sugere a Nornur, que ele devia ao menos criar alguns seres vivos pertencentes a ele para que ele pudesse se manifestar em seus servos. Então foi assim que as aranhas vieram ao mundo, essas criaturas frágeis podem tecer teias de grande beleza, frágeis e flexíveis, essas delicadas teias lembravam Nornur em sua forma etérea.
Finalmente, Uman se uniu com Sula. O mar, e nessa hora surgiu Bastesh, a Mestra do mar. Ela havia herdado uma Beleza excessiva, Uman e Fardos ficaram tristes quando viram ela, pois ela lembrava Tibiasula, mas sua beleza não durou, quando Fafnar a Deusa invejosa do sol, olhou Bastesh, ela explodiu em inveja e atacou ela com todo sua fúria de seu orgulho ferido. Profundamente suas garras em fúria cravavam no corpo da recém-nascida deusa, e se não fosse pelos outros deuses ela seria cortada ao meio. Este foi o momento que Suon decidiu punir sua irmã por suas atitudes, e ela foi sentenciada a fugir eternamente pelo céu, com seu irmão furioso atrás dela. Bastesh porém nunca se recuperou completamente dos terríveis ferimentos infligidos por sua Prima invejosa. Sua beleza estava arruinada para sempre quase ao mesmo tempo que veio ao mundo, mas pior que isso foi as cicatrizes que ficaram por dentro. Ela cresceu Tímida e melancólica, ela preferiu a Solidão quieta do oceano que dizem que sua água é salgada devido as lágrimas incessantes de Bastesh, porém mesmo que sua presença é raramente presenciadas no mundo afora, ela criou uma abundância de criaturas do mar, que rapidamente povoaram o oceano.
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As Primeiras Criaturas

Zathroth vigiava o progresso com raiva e desgosto, se ele pudesse, ele teria obliterado a criação naquele exato momento, porém, ele sabia que não tinha poder para fazer isso, especialmente agora que Uman e Fardos estavam bem alertas quanto as intenções dele, e o vigiavam constantemente. Ele tinha que recorrer a outros meios de trazer ruína a criação. E foi por essa razão que ele observava o conceito da vida com grande interesse, porque ele viu que muita coisa podia ser feita com isso, de todos os deuses criados, havia um que prendeu sua atenção. Os instintos agressivos de Fafnar, não falharam em impressioná-lo, então um plano lhe veio a mente, ele começou a flertar com Fafnar, e não muito tempo depois, conseguiu seduzi-la. E dessa união Brog o Titã Agressivo foi concebido. Uma abominação extremamente feia com apenas um olho em sua imensa cabeça, Brog tinha adquirido um pouco da maldade de seu pai, mas nada de sua cautela, ainda forte e selvagem, e o coração furioso de sua mãe queimava selvagemente dentro dele.
Enquanto ele crescia, Brog ardia em chamas com o fogo queimando dentro dele, até que um dia, quando as chamas cresciam se tornaram insuportável, ele invocou todos os seus poderes mágicos e liberou toda suas chamas pelo mundo, e o mar de chamas se juntou ao seu ódio e disso surgiu Garsharak, o primeiro dragão, que mais tarde se tornaria uma raça inteira de lagartos gigantes e inteligentes, uma raça que eventualmente traria terror e caos ao Tibia. Brog observou a terrível criatura que havia criado acidentalmente, e ele se orgulhou ao ver o quão forte e violenta ela era. Por mais estúpido que ele era, ele também tinha o poder de criar vida, poder que ele usou depois para criar cyclopses em sua própria imagem.
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Zathroth observou os experimentos de Brog com grande interesse. Longe de considerar seu filho um grande aliado, mas alguma coisa nele admitia que ele tinha talento para isso. Desde que ele não entendia as leis da vida, ele sabia que o talento de Brog poderia ser útil. Ele chamou seu filho e disse a ele para continuar seus experimentos, falando para ele criar algo mais terrível do que cyclops. Porque mesmo que esses gigantes fossem ferozes e fortes, eles não tinham o poder destrutivo que ele queria que tivessem, devido ao fato de os ciclopses amarem minerar e forjar, os cyclopses eram mais criativos do que destrutivos. Pior ainda, eles não estavam se propagando rápido o bastante para ser uma real ameaça a criação. Por essa razão, Brog criou Goblins e Trolls, raças que eram mais fracas que os Cyclopses mas que se propagavam muito mais rápido, porém sua obra de arte foram os Orcs, uma raça a ser temida, guerreiros com somente uma coisa em mente, expandir e conquistar. Em pouco tempo eles se espalharam sobre todo o Tibia, e eles eram temidos por tudo o que era vivo.







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A Era do Caos

Uman olhou com tristeza para o dano causado pela sua metade má à criação que ele e Fardos haviam trabalhado tanto para conseguir. Ele percebeu que Zathroth tinha ido longe demais. Em seu desespero ele deu a Fardos um conselho. Juntos, eles decidiram que o melhor a se fazer era quebrar a conexão que havia entre Uman e Zathroth de uma vez por todas. Eles então empenharam com grande energia para essa tarefa, e seus esforços pareciam estar próximo ao sucesso. Porém quanto mais fraco ficava a conexão entre Uman e Zathroth, mais fraco ficava o próprio Uman, e então eles perceberam que a Dualidade não poderia ser separada sem colocar em risco a própria existência de Uman. E enfim a invocação foi abortada. Uman teve que aceitar o fato que a dualidade entre Zathroth e ele, não poderia ser quebrada, e que seus destinos e suas existências estariam entrelaçadas por toda a eternidade.
Porém, os esforços de Uman e Fardos não permaneceram totalmente sem conseqüências, durante a tentativa frustrada de separar o Deus duplo, uma pequena parte saiu deles, esse pequeno fragmento se expandiu e tomou forma e eventualmente se tornou uma criatura consciente. Nessa hora Kirok o louco nasceu. Dono de um peculiar ancestral, esse estranho Deus tinha uma natureza perturbada, ou digamos assim esquizofrênica. Ele herdou a mente criativa de Uman em sua natureza, até que ele se tornou o Deus patrono de todos os caminhos da Ciência e pesquisas. Porém, uma parte de Kirok era famosa pelo seu perturbado senso de humor. Ele adora piadas de mal gosto e pegadinhas sem graça, e essa característica peculiar faz dele o favorito de bardos, e todo tipo de pessoas suspeitas.
Enquanto Fardos e Uman estavam trabalhando em suas magias, as façanhas de Zathroth continuavam a destruir a preciosa criação dos deuses anciões, e a devastação continuava sem pausa. Parecia que todo o mundo estava condenado a perecer. Porém, alguns dos deuses menores estavam cansados de apenas ficar parados vendo sua amada Tibia ser destruída. Eles decidiram fazer resistência contras as hordas inimigas. Bastesh, a princesa do mar, criou grandes e misteriosas criaturas que eram tão elegantes quanto fortes, e ela populou seus mares com elas para ter certeza que as criações de Zathroth nunca poluam suas águas puras, porém havia muito pouco que ela pudesse fazer para ajudar seus primos que viviam em terra seca. De todas as suas criaturas as únicas que podiam viver na superfície era as traiçoeiras e venenosas cobras. Crunor e Nornur também, criaram criaturas para lutar contra Brog e as hordas de Zathroth: Crunor o Lorde das Árvores criou poderosos lobos, enquanto Nornur equipou suas amadas aranhas com um veneno mortal para deixá-las mais poderosas.
Porém, apesar de todos seus esforços, os Deuses não puderam criar criaturas que fosse páreo para as bem organizadas hordas que invadiam a terra, a pele dos lobos e o exoesqueleto das aranhas não podiam resistir ao aço das lâminas dos Orcs, e para cada Troll que caia pelo veneno outros dois tomavam seu lugar. No final as criações dos deuses fugiram para lugares fáceis de se defender: os lobos fugiram para dentro das florestas, enquanto as aranhas para as profundezas das cavernas. Eles continuaram a luta, defendendo seus reinos contra o holocausto do exercito superior. Esses pequenos focos de resistência eram os únicos santuários no mundo que caia cada vez nas profundo no chãos. E o pior ainda estaria por vir, os dragões, sentiram que era o tempo de eles tomarem o que era deles por direito!
Por séculos eles propagaram e se expandiram em silêncio. Sem serem notados por todas as outras criaturas. Mas agora que Garsharak, o primeiro e mais forte de sua raça, mandou os dragões para o mundo e que não mostrassem piedade. Os exércitos de orcs foram parados pela inesgotável chamas do fogo mágico dos dragões, e muito em breve aquela orgulhosa raça Bárbara, que até aquele momento não sabiam o significado da palavra derrota, foram forçados a se retraírem nas profundezas do subterrâneo. Seus aliados, os mitológicos ciclopes não tiveram melhor sorte, apesar de terem vencido um notável número de batalhas, usando poderosas armas e armaduras, eles também tiveram que recuar devido ao poder superior dos poderosos Dragões, eles se juntaram ao seus aliados, os orcs, e seus primos mais fracos, os trolls, no exílio subterrâneo. Suas orgulhosas cidades foram totalmente queimadas, e suas renomadas forjas foram perdidas para sempre.
Então os Dragões tomaram conta da terra, mas a Guerra ainda estava longe de acabar, seus piores inimigos, Cyclops e Orcs, mesmo refugiados em seus subterrâneos, continuavam a lutar contra os dragões, e era um fato que os dragões estavam enfraquecidos devidos as batalhas anteriores, sofrendo várias perdas. Mas então a guerra começou entre os próprios aliados, Cyclops e Orcs lutavam por comida e território em seus subterrâneos. E nenhum lado era forte o bastante para sobrepor os outros, e a guerra continuou por vários anos, e todas as raças sofreram muitas perdas durante as batalhas épicas, a terra estava cheia de corpos, e parecia que a vida em si ia ser banida da face de Tibia, as perdas de todas as raças cresciam dia após dia, como se os vivos se afogassem nos corpos dos mortos.
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Os Deuses anciões observavam a batalha cataclismática que acontecia. Eles sentiram pena daqueles que eram destruídos por causa que eles não se preocuparam com as criaturas de Zathroth, eles sabiam que alguma coisa estava faltando, que alguém era preciso para tomar conta dos corpos e almas daqueles que morriam. Eles começaram a procurar uma solução, e finalmente Uman propôs que um novo Deus devia ser criado, um deus que pudesse cuidar dos mortos. Eles decidiram que a terra, que de uma forma era criadora de vida, devia ter uma parte em toma-la de volta, então Uman criou um novo deus pai, mas, Os Deuses anciões não foram precavidos o suficiente, e Zathroth o Destruidor, descobriu os seus planos muito rápido. Ele estava fascinado com a idéia da morte desde o começo, porque ele viu nela uma nova chance de trazer ainda mais destruição ao mundo, então ele começou seu plano traiçoeiro. Ele se disfarçou de sua metade boa Uman, para enganar a Terra, e com isso criou um outro deus, Urgith, o Mestre dos morto-vivos, esse ser traiçoeiro era devotado a morte, como Uman e Fardos tinham em mente, mas ele não se tornou o guardião da morte como eles haviam planejado, ao invés disso, Urgith era um deus cruel, que infundia os corpos dos mortos com uma energia maldita, e eles eram condenados a ficar num estado que não era nem vida nem morte, então foi o nascimento de Urgith que marcou o começo dos mortos-vivos.
E muito em breve inumeráveis morto-vivos vagavam pelo mundo, afinal Tibia estava coberta de incontáveis corpos de Orcs, Cyclops e outras criaturas – herança de muitos anos de uma guerra brutal, esses cadáveres providenciaram a Urgith como um campo de recrutamento ideal, e ele transformou todas as carcaças que pode em seus servos. Os deuses viam aquilo com horror enquanto a nova ameaça destruía sua preciosa criação, eles se apressaram em colocar seu plano original em ação, e Uman se uniu a terra para criar Toth, o Guardião das almas, sua missão era guiar as almas dos mortos em segurança para o outro mundo, onde elas pudessem finalmente descansar em paz, enquanto seus servos, as minhocas, tinham a missão de devorar os corpos que estavam espalhados por todo o Tibia, mas o estrago já estava feito, mesmo com Toth e seus servos fazendo o melhor para parar as Criações de Urgith, elas continuavam a vagar pela terra. Todas as outras criaturas, que já estavam muito enfraquecidas por causa de sua interminável guerra, não podiam por quase nenhuma resistência contra esse novo inimigo que crescia a cada perda deles, parecia que Tibia estava condenada a ser um mundo habitado por morto-vivos.
Os Deuses anciões observavam o que acontecia com seu mundo, e seus corações se encheram com tristeza e ressentimento, eles sabiam que se nada fosse feito agora, Tibia iria se tornar um grande cemitério, então eles começaram a procurar por uma solução, eventualmente eles concordaram em criar uma raça senciente eles mesmos, uma raça que fosse forte o bastante para lutar contras as hordas que destruíam seu amado mundo. Então eles criaram um raça e a enviaram a Tibia, mas, as hordas de Urgith eram muito fortes. Sua raça foi derrotada em apenas uma geração, e foi banida da face de Tibia, Então Uman e Fardos, Criavam raça após raça, e raça após raça iam desaparecendo da face de Tíbia para sempre, deixando para traz apenas lendas e ruínas. Hoje em dia essa era triste é conhecida como a Guerra dos Corpos, e é envolvida em muitos mistérios, e infelizmente a raças destruídas são conhecidas apenas como ancestrais...
Porém nem todos os ancestrais foram erradicados da face de Tibia na grande batalha, pelo menos 2 raças criadas pelos deuses anciões de algum jeito conseguiram escapar da destruição e sobrevivem até hoje, um deles são os elfos, criaturas delicadas que podem usar arcos e instrumentos musicais com grande habilidade a outra são os Anões, uma raça presenteada com habilidades de mineiros e forjas, ambas as raças lutaram bravamente, mas ambas tiveram que recuar devido ao poder dos inimigos, e apenas fugindo para lugares de refúgio que eles conseguiram sobreviver. Os elfos após muitas lutas se refugiaram bem profundamente nas florestas, enquanto os Anões, barricaram-se em sua impenetrável fortaleza bem ao fundo das montanhas do Tibia, essas raças esperavam por tempos melhores, abandonando a luta pelo mundo, mas pelo menos sobreviveram, todas as outras raças ancestrais, foram condenadas ao oblivio, enquanto outras ocasionalmente são consideradas sobreviventes.
Apesar de toda sua força, essas raças tinham um ponto fraco em comum, faltava-lhes fexibilidade. E isto provou ser fatal na Guerra contra o incontável exército que eles estavam enfrentando. Aqueles que não foram aniquilados, sucumbiram as tentaçõess de Zathroth. Mais de um dos ancestrais, caíram nas promessas de Zathroth de poder e conhecimento, e a lenda diz que os deuses anciões puniram muitos deles por traição. Há ainda uma teoria que diz que alguns desses ancestrais, que venderam sua alma a Zathroth viraram os primeiros Demônios. Seja como foi que aconteceu, todos os ancestrais falharam em fazer as expectativas dos Deuses anciões: um por um eles eram derrotados pelo inimigo, e as hordas ainda andavam pelo mundo. Mas os deuses anciões aprenderam com seus erros, sua próxima criação era preparada para o trabalho. E eles os chamou de Humanos.
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A criação dos Humanos

Então chegou a hora que os Deuses anciões criaram Banor, o guerreiro Divino. Ele foi o primeiro humano, e por isso seus criadores lhe deram poderes que nenhum outro membro de sua raça seria capaz de se comparar, ele já tinha muitas características que claramente provou que ele era humano. E neste dia especial ele se revelou como um ideal de bravura e cavalheirismo para aqueles que se dedicavam a arte de combate corpo-a-corpo, ele era justo de bravo em batalha, e sua poderosa espada é lendária até os dias de hoje. A lenda diz que os deuses também planejaram criar um irmão gêmeo para Banor, e que esse irmão iria ter incríveis poderes mágicos. Porém dizem que Zathroth roubou seu protótipo e com ele fez o primeiro Demônio Overlord. Seja qual for a verdade, o fato que os humanos entraram no mundo do Tibia não podia mas ser contestado, e apesar de suas muitas fraquezas, eles eram uma raça brava e esperta, que se adaptavam extremamente bem para aquele mundo de caos onde foram jogados. Eles começaram a lutar contra as os morto-vivos e as várias outras criaturas que vagavam pela terra, e em breve as hordas perceberam que um novo e poderoso inimigo surgia.
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Muitas Batalhas poderosas e sangrentas foram realizadas, mas Banor, um bravo e esperto Líder, liderava seu povo de vitória a vitória. Mas mesmo assim esses triunfos geralmente eram pagos com muitos sacrifícios, e o número de inimigos que os humanos haviam que enfrentar era muito maior que eles. Os Deuses faziam tudo o que podiam para ajudar sua nova raça campeã na batalha. Uman introduziu a raça a arte da magia arcana, e muitos humanos seguiram esse caminho para se tornar um poderoso Mago. Outros foram instruídos por Crunor o Lorde das Árvores a aprenderam o segredo da Vida, e se tornaram Druidas e aprenderam a curar aqueles que se machucavam durante a guerra contra os incontáveis inimigos. De todos os humanos foram eles os que aprenderam mais sobre os segredos da vida, e em fato alguns ajudavam Crunor na criação de várias criaturas que populam Tibia hoje em dia. Mas muitas dessas criações foram banidas da face de Tibia durante a batalha cruel e a Guerra continuava mais e mais.
Banor estabeleceu uma forte fortaleza na terra e consolidou suas regras fundando sua própria dinastia. Ele se casou com Kirana, a mais nobre de todas as mulheres, e dela nasceu Elane, que eventualmente se tornou mestre tanto nas artes de luta a distancia, como na magia arcana, se tornando o primeiro dos nobres paladinos. Desse dia em diante o líder de todos os paladinos devem ser sempre ocupado por uma mulher, e esses sempre devem adotar o nome de Elane. Mais tarde Elane lutou ao lado de seu pai, porque Banor, que na verdade era um Semi-Deus, viveria por muitos séculos, mas mesmo assim não ajudou muito para inverter o rumo da guerra. Os humanos triunfavam onde quer que Banor liderava eles, mas o mitológico campeão humano não podia estar em todos os lugares, e para aqueles exércitos humanos que tinham que batalhar sem ele, muitas vezes eram completamente exterminados pelas hordas.
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Renovação do Tibia

Finalmente, Banor, novamente se voltou aos Deuses para pedir ajuda, e eles responderam as suas preces. Novamente Uman achou uma solução, uma solução que só era possível graças a sua mais nova e incrível descoberta: Ele descobriu que além do fim da existência há outras dimensões, planos tão distantes que até mesmo os Deuses anciões não tinham nenhum poder sobre elas. Porém Uman descobriu uma maneira de estabelecer uma conexão a estes alternativos planos de existência, e depois de muitos experimentos ele aprendeu que era possível invocar almas das criaturas dessas dimensões para este plano. Quando essas almas eram trazidas para Tibia, podiam ser transformadas em formas humanas, formando campeões que a raça humana precisava desesperadamente. Este então foi a resposta para os problemas dos humanos, e logo foi posto em prática. Os Deuses Criaram um número de portões mágicos no Tibia, esses portões logo foram chamados de Portais das Almas. Através destes portais, um constante fluxo de heróis vinham para o nosso mundo, guerreiros humanos que eram tanto inteligentes quanto bravos, e com a ajuda destes campeões as abomináveis hordas foram lentamente mas certamente forçadas a recuar. Por um bom tempo parecia que a ordem ia ser restaurada.
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As coisas pareciam mais brilhantes para a raça humana agora do que em qualquer época desde sua criação. O poder da aliança entre os heróis e humanos, avançavam cada vez mais profundamente para o território inimigo, e as hordas negras pareciam estar condenadas a derrota. Mas aqueles que pensavam que as velhas raças iriam ser completamente destruídas da face do Tibia foram um pouco apressados, porque algo inesperado aconteceu. Sofrendo muitas derrotas para os poderosos exércitos humanos, eles fizeram o que era impensável: Eles fizeram uma aliança. Dragões, ogros, morto-vivos, e todas as outras raças que lutavam uma contra a outra, de repente pararam de lutar entre si e concentraram seus ataques contra a raça humana. Então houve o momento em que houve uma grande reviravolta na guerra, que mudou o rumo da guerra para pior. Mesmo que os exércitos inimigos não tivessem a confiança necessária entre eles para formar uma aliança digna de se mencionar, o medo de serem devastados pelos humanos fez com que eles se unissem, e com isso trouxessem a raça humana a uma condição muito precária. Logo seus avanços foram parados e mais uma vez foram forçados a tomar a defensiva.
Os exércitos decidiram se retirar para suas cidades fortificadas para continuar a guerra lá, mas novamente fizeram uma nova descoberta. Pela primeira vez na história os inimigos dos humanos não avançaram para continuar a luta. Muitas pessoas estavam confusas e não sabiam porque das hordas agiram desse jeito. Uma teoria muito falada é que as desconfiança entre eles era muito grande para combinarem suas forças numa guerra muito longa, e outros dizem que eles começaram a lutar entre si novamente, outros dizem que estavam exaustos depois de tantas guerras, enquanto alguns ainda dizem que o equilíbrio finalmente foi alcançado, uma situação na qual todos os lados sentiam que poderiam conviver. Seja qual for a razão, um período de calma mas de essencial estabilidade finalmente foi alcançado, e dura até os dias de hoje. Pela primeira vez o mundo descansava de incontáveis mortes e problemas causados durante gerações.
Os humanos aproveitaram bem essa oportunidade. Sobre o reinado dos Reis de Thais, que eram descendentes diretos de Banor, a raça humana viveu uma época de ouro. As artes e a ciência prosperavam, e muitas outras cidades foram fundadas. Mas mesmo assim a expansão humana ainda encontra muita resistência, e os misteriosos heróis que entram nesse mundo através dos Portais das Almas, estão sempre ocupados lutando contra todos os tipos de criaturas hostis. Mas a paz ainda reinava e sobre proteção da raça humana, que finalmente asseou a si mesma como a raça dominante do Tibia. Porém, há vários sinais de que essa era de ouro está lentamente chegando ao fim. Por causa que os antigos inimigos nunca foram completamente derrotados, e parece que estão crescendo consideravelmente. Os furiosos Orcs, mais uma vez atacam acampamentos humanos, e até mesmo efetuam ataques bem coordenados em algumas das principais cidades do continente. Os morto-vivos uma vez mais começaram a andar sobre a terra, colocando medo nos corações dos vivos. E até os dragões que estavam adormecidos há séculos, mas agora novamente saem de seus lares escondidos para ir atrás de presas. E o pior de tudo, os humanos, essa raça curiosa, começaram a ter discussões entre eles mesmos, e mais de uma vez essas tensões levavam a conflitos armados. No curso do tempo, alguns humanos até mesmo renunciaram os Reis de Thais para fundarem seus próprios impérios e cidades.
Talvez este seja outro dos planos de Zathroth. É bem conhecidos que suas mais diabólicas criações, os Demônios, estão espreitando nas sombras, esperando seu momento. Quem sabe – Talvez Tibia esteja a beira de outra guerra cataclísmica e uma nova ameaça caia no mundo. Somente o Destino sabe o que o futuro do Tibia guarda para nós. Vamos orar para que os humanos não se destruam justamente quando mais precisamos deles.